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Branqueamento de Corais

  • Foto do escritor: Projeto Life In The Oceans
    Projeto Life In The Oceans
  • 22 de jul. de 2020
  • 4 min de leitura

Atualizado: 3 de ago. de 2020


"O branqueamento de corais é um processo no qual o coral perde as algas fotossintetizantes chamadas zooxantelas. Esse processo pode ser causado também pela perda do pigmento dessas algas, que dá cor ao coral. Em decorrência desses fatores, o coral torna-se translúcido, sendo possível observar o esqueleto de carbonato de cálcio do animal. Esse é o motivo pelo qual o problema é conhecido como branqueamento de corais. Esse branqueamento apresenta como causa principal o aumento da temperatura da água nos oceanos e pode ser um evento transitório ou fatal."



Branqueamento de corais e o aquecimento global

Ao longo de estudos sobre o tema, notou-se que a mudança brusca das temperaturas do oceano tem associação direta com o branqueamento dos corais, isso se deve pelo fato que, ao contrário das mudanças sazonais (como por exemplo o El Niño), as temperaturas não normalizam dentro de um determinado período de tempo, o que acaba resultando na expulsão das zooxantelas dos tecidos dos corais (fig. acima). Além de causar um aumento significativo na acidificação da água, o que torna a incorporação do carbonato de cálcio pelos corais mais difícil.


Um coral pode se "recuperar" do branqueamento?

Em alguns casos o coral pode se recuperar. Se as condições voltarem a ser favoráveis, e se manterem eles pode ganhar novamente a alga, voltar a sua cor normal e sobreviver. Entretanto, se a temperatura da água, e alguns fatores chamados de "estressantes", como por exemplo a má qualidade da água não normalizarem, o coral ficara em um estado delicado. Não podendo assim, crescer, reproduzir e ressistir a doenças.

Leva décadas para os corais se recuperaram de um evento de branqueamento, por essa razão, é vital que o mesmo, não ocorra com frequencia.



O impacto da destruição da barreira de corais.

Um outro ponto que vale a atenção, é a destruição constante enfrentada pela Grande Barreira de Corais na Austrália.

Mais de 93% desse ecossistema sofre com o branqueamento,de acordo com a organização Mundial World WIldlife Found (WWF), mais de 1.500 espécies de peixes, 3 mil de moluscos e cerca de 215 de aves – juntamente com esponjas, anêmonas e tartarugas marinhas, entre outros – vivem juntos na Grande Barreira de Corais

Vale ressaltar, que da mesma maneira, estima-se que meio milhão de pessoas se beneficiam direta ou indiretamente da produtividade ou preservação da barreira de coral.

Tentativas de colocar valores em dólares nos custos globais do branqueamento de corais sugerem que a degradação dos recifes do branqueamento poderia custar de US $ 20 bilhões (branqueamento moderado) a mais de US $ 84 bilhões (branqueamento severo) em Valor Presente Líquido (em um horizonte de tempo 50) . As perdas para o turismo são mais altas ($ 10 bilhões - $ 40 bilhões de perdas), seguidas pela pesca ($ 7.0 bilhões - $ 23.0 bilhões) e biodiversidade ($ 6 bilhões - $ 22 bilhões).

Mapa acima descreve as áreas afetadas por um branqueamento severo (vermelho) e nenhum ou inofensivo branqueamento (verde) na grande barreira de corais em 2016 e 2017


Corais no Caribe

Após diversos eventos de branquamento nos corais caribenses, o biólogo marinho Andrew Ross desenvolveu um projeto de "reflorestamento" dos recifes, onde ele desenvolveu os chamados "berçários" de corais, colhendo pequenas quantidades de material vivo dos recifes selvagens e levando até viveiros onde podem crescer e se propagar, gerando novos corais.


Impacto nas comunindades de peixes

Quase tudo em um recife tem dependencia com os corais.

Cientistas descobriram que impactos ecologicos relacionados ao declínio do número de corais, pode causar impactos negativos em comunidades de peixes. Um estudo na nova Guiné por exemplo, mostrou uma diminuição nessas comunidades, após um declínio nos corais assosiados. Além disso, tanbém surgeriu que os peixes mais jovens são propensos a recrutar para áreas como maior cobertura de corais. Resultados semelhantes foram tembém encontrados em outras áreas, como a Grande Barreira de corais por exemplo.


Saudável - dez 2014 Morrendo- fev. 2015 Morto- Aug. 2015


Organizações e projetos para apoiar

  1. Great Barrier Reaf Legacie: Uma organização sem fins lucrativos, com projetos de pesquisa, projetos científicos, e educação ambiental, a fim de "reflorestar" a grande barreira de corais. O projeto aceita doações atraves de boleto ou cartão de crédito.

  2. Wild Foundation: Desenvolveram o projeto "chasing corals" (documentário disponível na Netflix) vizando mostrar o branqueamento de recifes (além disso possui outros projetos muito interessantes) Como ajudar? O projeto aceita doações, se preferir, também possui uma loja e a opção de "virar um membro" no site.

  3. Seascape Caribbean: empresa do biólogo marinho Andrew Ross responsável pela re introdução de corais nos mares.



Referências:

  • Cesar, H.J.S., L. Burke, and L. Pet-Soede. 2003: The Economics of Worldwide Coral Reef Degradation. Cesar Environmental Economics Consulting, Arnhem, and WWF-Netherlands, Zeist, The Netherlands. 23pp (pdf, 1.4M)

  • Booth, D.J. and G.A. Beretta. 2002: Changes in a fish assemblage after a coral bleaching event. Marine Ecology Progress Series 245: 205-212. (Website)

  • Chasing Corals (website)

  • World WIldlife Found (WWF) website

  • BUCHHEIM, JASON. Coral Reef Bleaching. Marinebiology.org. Disponível em: <https://www.marinebiology.org/coralbleaching.htm>. Acesso em: 07 jul. 2019.

  • What is Coral Bleaching and What Causes It - Fight For Our Reef. Australian Marine Conservation Society. Disponível em: <https://www.marineconservation.org.au/coral-bleaching/>. Acesso em: 07 jul. 2019.





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